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Nem sabia o quão difícil era uma remodelação até remodelar a cozinha e a casa de banho da minha casa. Mais tarde remodelei todo o apartamento! Quero partilhar consigo dicas, como poupar, onde comprar e muito mais.

Nem sabia o quão difícil era uma remodelação até remodelar a cozinha e a casa de banho da minha casa. Mais tarde remodelei todo o apartamento! Quero partilhar consigo dicas, como poupar, onde comprar e muito mais.

Deck compósito, madeira natural ou cerâmico. O que escolher?

O preâmbulo

 

Para começar, devo dizer que sempre sonhei em ter um jardim agradável com uma piscina elegante numa área tipo “lounge”, tudo arrematado com um grande guarda-sol (já falei antes sobre o dito)!

 

Como tudo deve começar pela base, a minha primeira preocupação foi colocar o tal deck ou pavimento. Inicialmente pensei em colocar um outro tipo de revestimento: porque tenho calçada portuguesa numa boa parte do jardim, pensei em estender essa calçada mas rapidamente me passou isso de ideia quando recebi um gigantesco orçamento e isto de alguém que me tinha dito que trabalhava baratinho e bem (medo…muito medo!!!).

 

Passado o susto, tive a (brilhante) ideia de passar umas tardes a fazer de espião e andei a ver na zona as soluções de pavimento que os vizinhos tinham aplicado no jardim.

 

Após várias tardes de pesquisa...cheguei à conclusão que o melhor seria aplicar um pavimento tipo deck e lá comecei a pesquisar os tipos de decks existentes no mercado. Antes de vos dizer que tipo de deck escolhi, vou apresentar-vos as escolhas com que me deparei.

 

 

Será o deck em madeira natural?

 

Vi belíssimos decks em madeira natural, em ipê e riga. Quer uma quer outra são madeiras densas, de boa qualidade e durabilidade mas claro que são caras e estão sujeitas aos problemas comuns de toda a madeira.

Os problemas mais comuns e conhecidos da madeira natural são:

  • Está sempre sujeita a degradação e desgaste;
  • Água em excesso pode causar o seu apodrecimento;
  • Outros factores como fungos, humidade e raios UV também tem um efeito nocivo na madeira;
  • São comuns as deformações, farpas e rachadelas, o que por vezes origina pequenos ferimentos;

 

Ainda assim, o factor que mais importou para nós e que muita gente ignora:

 

A madeira natural é um recurso natural escasso. Devemos dar-lhe uma utilização cuidada e quando possível, utilizar alternativas viáveis para a sua substituição.

 

Para concluir: não escolhemos o deck em madeira por questões de resistência, preço e acima de tudo, do próprio ambiente!

 

 

deck-madeira-natural-pavimento.jpg

 Deck de madeira natural

 

 

Será o deck cerâmico?

 

O deck cerâmico é uma boa opção para quem não quer um material que prejudique o meio ambiente. Também tem uma boa resistência e é praticamente imune a condições metereológicas, mesmo as extremas. 

 

Na realidade, apenas encontrei dois “contras” que é preciso considerar:

  1. Base nivelada = instalação mais demorada. Para instalar um deck cerámico, necessita de ter uma base ou lage (chão) muito bem nivelada e de preferência já pavimentada. Isto significa que antes de poder aplicar o deck cerâmico, tem de nivelar o chão ou arranjar um pedreiro para fazer o trabalho. Não se esquece do escoamento de águas;

 

  1. Maior custo. Se é necessária uma lage e alguém para a fazer, o custo aumenta. Se o custo aumenta…

 

deck-ceramico-pavimento-exterior.jpg

Deck cerâmico de exterior 

 

 

Será o deck compósito?

 

O deck em compósito de madeira é uma mistura de fibras de madeira, pvc e propileno, que aglomerado com um polímero produz um material de elevada resistência e durabilidade. Por ser feito com mais de 50% de matéria reciclada, também ajuda à proteção e limpeza do meio ambiente.  

 

Principais características diferenciadoras do deck compósito:

  • Possui elevada resistência aos elementos climatéricos e raios UV;
  • É resistente a fungos e insectos;
  • É resistente à água e por isso pode ser usado junto a piscinas, porque não apodrece;
  • Ao contrário da madeira, não lasca nem apresenta irregularidades capazes de causar ferimentos;
  • É anti-derrapante (ao contrário de muitos pavimentos cerâmicos que são altamente perigosos);
  • De fácil aplicação e manutenção;

 

 

As minhas razões para escolher um deck em compósito

 

Por esta altura, já devem ter percebido que a minha opção acabou por recair em construir um pavimento de deck compósito.  A minha escolha está relacionada com os pontos já descrito acima e ainda mais 4 específicos:  

 

As minhas 3 razões:

  • Preciso de um material muito resistente às condições atmosféricas. Vivo numa região onde facilmente se atingem os 35 a 38ºC de temperatura no Verão e os -5ºC no Inverno, além de ser muito húmida e com uma precipitação superior à média de Portugal;

 

  • Não tinha na altura um orçamento muito elevado e escolhi o material que se me apresentava com o melhor compromisso entre qualidade e preço;

 

  • Tenho crianças pequenas e assim, pavimentos tipo deck mais propícios a derrapagens ou com irregularidades (por exemplo: farpas ou nós) estavam fora de hipótese.

 

Assim, dirigi-me a um armazém de materiais de construção, a  Mundimat e comprei 25m2 de deck compósito em módulos de 1x1m (ou seja, 1 m2). Vi muitas cores disponíveis, acabei por me

 

A instalação foi fácil e apenas necessitei de nivelar o local da instalação, colocar uma manta geotérmica (que evita o crescimento e enraizamento de plantas) e espalhar pó de cimento por cima. Após isso, as placas de deck assentam diretamente em cima e sem necessidade de junções ou aparafusamento.

 

deck-composito-junto-a-piscina.jpg

 Deck de exterior em compósito

 

 

Estou (muito) satisfeito com o meu deck! 

 

Um pequeno segredo: instalei o meu pavimento em deck compósito em finais de Setembro 2015.

 

Na altura, pensei em escrever mais sobre isso mas depois achei por bem aguardar e oferecer uma opinião mais informada sobre o comportamento do deck e até estava muito curioso para saber como ele se iria dar com o clima húmido da região onde moro.

 

A verdade é que gosto muito da opção de material e instalação que fiz! 

 

Ainda assim, agora que já passaram uns bons meses desde a instalação, percebo que acabei por me arrepender de algo que espero corrigir em breve:

 

Deveria ter considerado a compra de algumas tampas de fecho para as laterais. Estas tampas são muito úteis por 2 razões:

  • Fecham esses orificios e impedem acumulação de lixo ou mesmo que alguns bichinhos entrem lá para dentro;
  • Fortalecem a rigidez estrutural da instalação e impedem que o compósito quebre nessas extremidades que estão mais expostas a calcadelas e outras acções mecânicas.

 

 

De qualquer modo, posso dizer que de uma forma geral estou muito contente com o meu deck. Não sofreu alterações visíveis (não empenou e não rachou com excepção de alguns pontos na extremidade lateral como explico acima) e numa utilização normal, revela boas características anti-derrapantes e muito importante: facilidade de limpeza.

 

Este ponto da limpeza é relevante porque gastávamos cerca de 2 horas por semana a limpar toda a área onde agora está o deck e só isso, representa uma poupança de cerca de 10 horas mensais, o que a um valor hora de 7€ significam 70€ de poupança mensal! 

 

Como contrato uma empresa de limpezas à hora, esta é uma poupança muito relevante. Ainda no tópico de limpezas, caso queiram podem ver aqui as melhores empresas de limpeza em Lisboa.

 

Para finalizar e como já disse acima, estou contente com a nossa decisão e só espero que continue assim por muitos e bons anos!!!

 

Espero que estas dicas sobre qual o melhor tipo de deck vos sejam úteis!